sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Perguntas frequentes sobre criacionismo (10)

1. A arca de Noé foi encontrada?

Não. Várias expedições buscaram encontrá-la, mas sem sucesso. Algumas formações rochosas com "forma de barco" foram encontradas na área do Ararat, mas não há nada especial com relação a elas. Há numerosos relatos de pessoas que dizem ter visto a arca, mas não há evidências para apoiar estes relatos. Parece pouco provável que a arca venha a ser encontrada. Deve-se rejeitar as afirmações de que a arca foi encontrada, mas que é necessário mais dinheiro para obter as provas. Se a arca fosse realmente descoberta, os meios de comunicação iriam assegurar que todos soubessem disso rapidamente.

2. Como todos milhões de espécies de animais poderiam caber na arca?

Não poderiam. A arca foi projetada para incluir apenas vertebrados terrestres -- aqueles que caminham sobre o chão e respiram através de narinas (Gênesis 7:22). Isso não inclui animais marinhos, vermes, insetos e plantas. Há menos de 350 famílias de vertebrados terrestres vivos. A maioria destes são do tamanho de um gato doméstico ou menores. Se cada família taxonômica estava representada na arca por um par, com as poucas famílias limpas representadas por sete pares, a arca deveria conter menos do que 1000 indivíduos. A arca poderia provavelmente acomodar dez vezes este número.1 A questão de espaço para os animais na arca não é um problema difícil.

3. É razoável supor que cada família taxonômica poderia ser representado por um único par ancestral na arca? Isto não irá exigir taxas evolutivas irrazoáveis após o dilúvio?

Algumas famílias taxônomicas podem ser grupos que representam mais do que um par ancestral. Entretanto, um par pode ter sido suficiente em muitos casos. Sabe-se que algumas espécies atuais possuem suficiente variabilidade genética para produzir variações morfológicas equivalentes a gêneros diferentes.2 As taxas de mudança morfológica podem depender do grau de isolamento genético, da quantidade de stress ambiental e também do tempo.3

4. O que se pode dizer sobre alimentação, água e saneamento para todos aqueles animais?

Estas questões não são discutidas na Bíblia. A água da chuva pode ter estado disponível, tornando o armazenamento de água desnecessário. O alimento foi aparentemente guardado na arca (Gênesis 6:21-22). O Deus que revelou a vinda do dilúvio, instruiu Noé sobre como preparar a arca e dirigiu os animais para a arca, certamente cuidou da logística necessária para o cuidado deles.

5. O que se pode dizer sobre animais com alimento muito específico, tais como o coala que requer folhas de eucalipto?

Não sabemos se os coalas foram sempre restritos a folhas de eucalipto, ou se sua dieta mudou. Nem mesmo sabemos se os coalas existiram antes do dilúvio, ou se desenvolveram-se a partir de um ancestral que foi preservado durante o dilúvio. Possivelmente não haja um meio de obter a resposta.

6. Como os animais puderam encontrar seu caminho a partir da arca até a América do Sul ou a Austrália?

Não sabemos,4 mas parece provável que os animais foram dirigidos de forma sobrenatural para ir para a arca, e de novo para se dispersar a partir da arca. Isto pode ter sido obtido pela implantação de um impulso instintivo para migrar, ou pode ter sido através da ação direta de anjos. Alguns podem objetar sobre a invocação de atividade sobrenatural, mas esta é inerente em toda a história do dilúvio. Atividades sobrenaturais não implicam necessariamente em violação de leis naturais, mas sim que os eventos foram dirigidos por seres inteligentes.

7. Que problemas não resolvidos sobre a arca de Noé são de maior preocupação?

Quantas espécies diferentes de animais foram salvas na arca de Noé, e quais são seus descendentes? Como os vertebrados terrestres se espalharam da arca até sua atual distribuição?

[Leia também a parte 9]

Notas para as Perguntas sobre a Arca de Noé:

1. Para uma discussão criacionista sobre o espaço na arca, ver: Wodmorappe J. 1994. The biota and logistics of Noahs ark. In Walsh RE, editor, Proceedings of the Third International Conference on Creationism, July 18-23, 1994. Pittsburgh, PA: Creation Science Fellowship, p 623-631.

2. (a) Wayne RK. 1986. Cranial morphology of domestic and wild canids: the influence of development on morphological change. Evolution 40:243-261; (b) ver também as perguntas freqüentes sobre mudanças em espécies.

3. Parsons PA. 1988. Evolutionary rates: effects of stress upon recombination. Biological Journal of the Linnean Society 35:49-68.

4. Uma discussão criacionista da biogeografia da América do Sul é feita em: (a) Gibson LJ. 1998. Historical biogeography of South America, Part I: living vertebrates. Geoscience Reports 25:1-6; (b) Gibson LJ. 1998. Historical biogeography of South America, Part II: fossil vertebrates. Geoscience Reports 26:1-6.

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