sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Perguntas frequentes sobre criacionismo (9)

1. Donde veio a água para o dilúvio e para onde ela foi?

Os oceanos contém água suficiente para cobrir a Terra. Se a superfície da Terra fosse perfeitamente lisa, sem montanhas ou bacias oceânicas, ela seria coberta por uma camada de água com 3 km de profundidade.1 Há água suficiente para inundar a Terra. Antes do dilúvio, certa quantidade de água estava provavelmente nos mares, certa quantidade na atmosfera e uma quantidade desconhecida de água poderia ser subterrânea. É possível que mais água tenha sido acrescentada durante o dilúvio pela colisão de um ou mais cometas, que podem ser compostos em grande parte de água. A maior parte da água está agora em bacias oceânicas.

2. Como o dilúvio pôde encobrir o Monte Everest?

Durante o dilúvio, a área onde está agora o Monte Everest era uma bacia na qual sedimentos estavam se acumulando. Isto é mostrado pela presença de fósseis marinhos no Monte Everest.2 Após o soterramento dos fósseis, atividades catastróficas elevaram os sedimentos a uma altura bem acima de sua posição anterior, formando as montanhas do Himalaia. A maioria das montanhas atuais podem ter se formado de maneira semelhante, durante o dilúvio ou logo após.

3. Como a Terra poderia ser destruída por 40 dias e 40 noites de chuva?

O dilúvio não consistiu apenas de 40 dias de chuva. As águas do dilúvio aparentemente não começaram a diminuir antes de 150 dias (Gênesis 7:24). Outros 150 dias se passaram antes que a arca pousasse (Gênesis 8:3,4). Dez meses de inundação contínua provavelmente seriam capazes de produzir grandes mudanças geológicas na superfície da Terra. Em regiões mais distantes do ponto em que a arca pousou, o dilúvio pode ter durado bem mais do que um ano.

A água não foi o único agente envolvido na catástrofe mundial. As camadas fossilíferas contém mais de 100 crateras formadas por impactos de objetos extraterrestres tais como asteróides, meteoritos e cometas.3 A crosta terrestre passou por grandes modificações durante o dilúvio. Sem dúvida a chuva teve um papel importante, mas houve muito mais do que chuva na catástrofe conhecida como o dilúvio.

4. Como sabemos que o dilúvio foi mundial? Ele não poderia ter sido restrito a algum lugar do Oriente Médio?

Jesus usou o dilúvio como um exemplo de julgamento universal (Mateus 24:37-38). Pedro confirma que apenas oito pessoas foram salvas (II Pedro 2:5).

As expressões do texto do Gênesis parecem inconsistentes com um dilúvio local.4 A linguagem é o mais universal possível: "... e cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu;" Gênesis 7:19. Se a água cobriu os altos montes, iria também cobrir as regiões mais baixas. Como o propósito de Deus era destruir todos os seres humanos (Gênesis 6:7), o dilúvio deveria necessariamente ter se estendido pelo menos a todas regiões habitadas por seres humanos. Além do mais, Deus prometeu que nunca mais ocorreria outro dilúvio como aquele (Gênesis 9:11, Isaías 54:9), como simbolizado pelo arco-íris (Gênesis 9:13-17). Tem havido muitas inundações locais bastante destrutivas, que varreram muitas pessoas. O arco-íris é visto em todo mundo, indicando que a promessa se aplica a todo mundo. O dilúvio do Gênesis deve ter envolvido um nível de atividade diferente de qualquer coisa vista desde então.

Se o dilúvio foi local, a história bíblica do dilúvio não faz sentido. Não haveria necessidade de uma arca para salvar Noé ou seus animais. Noé poderia ter migrado com seus animais para outra região para evitar o dilúvio local.

Alguns tem afirmado que uma camada de barro em algumas partes do vale da Mesopotâmia é uma evidência de um dilúvio local. Entretanto, esta camada de barro é encontrada apenas em algumas das cidades. Sem dúvida, a região foi inundada alguma vez, mas isto não tem nada a ver com o dilúvio de Noé relatado em Gênesis.

5. O que se pode dizer da proposta de que o Dilúvio bíblico ocorreu no Mar Negro ou no Golfo Pérsico?

Grandes inundações ocorreram em vários lugares. Algumas destas inundações parecem ter excedido qualquer coisa na história registrada. O Channeled Scablands Flood no Estado de Washington é um destes exemplos,5 mas vários outros exemplos tem sido descobertos.6 Nenhum deles se ajusta à descrição bíblica do dilúvio. Isto é bem óbvio no caso das inundações propostas do Mar Negro e do Mediterrâneo, porque estas áreas ainda estão sob a água.

6. Que problemas não resolvidos sobre o dilúvio são de maior preocupação?

Como um evento catastrófico conseguiu produzir a seqüência ordenada de fósseis que é observada? Por que os fósseis na parte inferior da coluna geológica parecem tão diferentes de qualquer coisa viva atualmente, enquanto os fósseis na parte superior da coluna são mais semelhantes às espécies que vivem agora? Por que alguns fósseis se apresentam numa série morfológica que se ajusta, de um modo geral, com a teoria da evolução? Como as plantas e animais chegaram ao local onde agora estão após o dilúvio?

[Leia também a parte 8]

Notas para as Perguntas sobre o Dilúvio:

1. Dubach HW, Taber RW. 1968. Questions about the oceans. Publication G13. Washington DC: U.S. Naval Oceanographic Office, p 35.

2. Odell NE. 1967. The highest fossils in the world. Geological Magazine 104(1):73-74.

3. (a) Grieve RAF. 1987. Terrestrial impact structures. Annual Review of Earth and Planetary Sciences 15:245-270; (b) Grieve RAF. 1990. Impact cratering on the Earth. Scientific American 262(4):66-73; (c) Lewis FS. 1996. Rain of iron and ice. NY: Helix Books, Addison-Wesley Publishing; (d) Gibson LJ. 1990. A catastrophe with an impact. Origins 17:38-47.

4. (a) Hasel GF. 1975. The biblical view of the extent of the flood. Origins 2:77-95; (b) Hasel GF. 1978. Some issues regarding the nature and universality of the Genesis flood narrative. Origins 5:83-98; (c) Davidson RM. 1995. Biblical evidence for the universality of the Genesis Flood. Origins 22:58-73.

5. Allen JE, Burns M, Sargent SC. 1986. Cataclysms on the Columbia. Portland OR: Timber Press.

6. Uma grande inundação na Sibéria é descrita em : (a) Baker VR, Benito G, Rudoy AN. 1993. Paleohydrology of Late Pleistocene superflooding, Altay Mountains, Siberia. Science 259:348-350. A história de uma inundação no Mediterrâneo é contada em: (b): Hsh KJ. 1983. The Mediterranean was a desert. Princeton, NJ: Princeton University Press. As evidências de uma inundação no Mar Negro foram relatadas em (c) the Washington Post (September 13, 2002); uma inundação no Golfo Pérsico foi proposto por: (d) Teller JT, Glennie KW, Lancaster N, Singhvi AK. 2000. Noah's flood and its impact on the Persian Gulf region. Geological Society of America Abstracts with Programs 32(7):A-276.

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